Novo Acordo Ortográfico

Image

         Ele foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos  países lusófonos – os que têm o  português como língua oficial.
         Assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia do centenário da morte do escritor Machado de Assis, 29 de  setembro de 2008, o decreto para a implantação do Novo  Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil nos dava quatro anos para que nos adequássemos às novas normas.
               Mas, ao que parece, teremos mais tempo para a adaptação, já que, segundo a versão on line do jornal Folha de São Paulo, de 20/12/2012, o Governo Federal vai adiar para 2016 a  obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico.
       O adiamento de três anos abre brechas para que novas mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jornais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham adotado o novo acordo, novas alterações podem ser implementadas ou até mesmo suspensas. Leia mais: Folha de São Paulo
Image
        Para o professor de língua portuguesa Ernani Pimentel – idealizador do movimento “Acordar Melhor”, que defende a simplificação da ortografia – o acordo, elaborado na  década de 90, é fruto de uma educação baseada essencialmente na “decoreba” e, assim, não segue uma lógica clara.
  Já o Gramático Evanildo Bechara acha que “é preciso que essas normas entrem em vigor para que os problemas sejam aflorados e resolvidos.”  Leia mais…
     De qualquer forma, é bom que estejamos preparados, já que embora as modificações sejam poucas em relação ao número de palavras que a língua portuguesa tem, elas são significativas e importantes.
     Mas mudanças ortográficas não são uma novidade no Brasil. As primeiras ocorreram em 1943, e outra em 1971.
      Isso comprova que a língua é dinâmica e se altera com o passar dos tempos. O mesmo ocorre com a ortografia, uma convenção social, fruto do momento histórico. As mudanças do idioma, portanto, devem ser analisadas de acordo com o contexto. Leia mais…
Veja algumas das mudanças em questão:Image
 1 – Acento agudo:
  • Deixa de existir nos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas. Ex.: heróico/heroico      assembléia/assembleia
           MAS… Permanece nas oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em “éi“, “éu” e “ói“, no singular e plural. Ex.: anéis, chapéu, herói

  •   Desaparece nas paroxítonas com “i” e “u” tônicos que formam hiato com a vogal anterior, a qual faz parte de um ditongo. Ex.: feiúra > feiura
          Mas… Permanece o acento gráfico nas vogais “i” e “u” que formam hiato e estão sozinhas na sílaba ou seguidas de “s” (baú, baús) ou, em oxítonas, se forem precedidas de ditongo e estiverem no fim da palavra (tuiuiú).
2 – Trema:
  • É eliminado, mas a pronúncia continua a mesma. Ex.: tranqüilo> tranquilo # freqüentefreqüente
      MAS… o sinal foi mantido em nomes próprios de origem estrangeira, bem como em seus derivados. Ex.:  Müller, mülleriano.
 3 – Acento circunflexo:

Image

  • Desaparece nas palavras terminadas em “oo“. Ex.: enjôo> enjoo
  • O mesmo acontece com a conjugação da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer, ler, ver e derivados Ex.: lêem> leem
         MAS… nada muda na acentuação dos verbos ter e vir e dos seus derivados.
 4 – Acento diferencial
  • Não é mais usado para facilitar a identificação de palavras homófonas, ou seja, que têm a mesma pronúncia
– pára (forma verbal) e para (preposição)
– pelo (preposição + “o”) e pêlo (substantivo)
                MAS…: duas palavras continuarão acentuadas graficamente:
– Pôr (verbo) mantém o circunflexo para que não seja confundido com a preposição por.
– Pôde (verbo conjugado no passado) também mantém o acento para que não haja confusão com pode (o mesmo verbo no presente).
5 – Hífen
  •  Deixa de ser empregado quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as consoantes “s” ou “r“. A consoante, então, passa a ser duplicada. Ex.: anti-religioso > antirreligioso
  • Simplesmente desaparece nos casos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com outra. Ex.: auto-estrada > autoestrada
          MAS… Ele se mantém quando o prefixo termina com “r” e o segundo elemento começa com a mesma letra, como em super-resistente.
Tire suas dúvidas acessando o site da ABL – Academia Brasileiro de Letras, www.academia.org.br,
Ou ainda, este “Guia prático`, do Michaellis: http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.php
Espero que tenha sido útil!
Até mais!

Deixe um comentário